"Eu? Mas sou eu o
mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a
voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei
a voltar?
Ou somos todos os Eu
que estive aqui ou estiveram,
Uma série de
contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de
mim de alguém de fora de mim?
Outra vez te
revejo,
Com o coração mais
longínquo, a alma menos minha.
(..)
Outra vez te
revejo,
Mas, ai, a mim não me
revejo!
Partiu-se o espelho
mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento
fatídico vejo só um bocado de mim." Fernando Pessoa
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