domingo, 26 de agosto de 2012

Livre-arbítrio


O conceito primitivo de liberdade se concentra na potencialidade de agir, ou seja, ausência de quaisquer constrangimentos que impeça a ação. Nessa linha, o pássaro em vôo solo é ícone de liberdade. A ação motivada única e exclusivamente pela vontade.
Mas a vontade é expressão pura do subjetivo? Até que ponto é condicionada? Aprofunda-se um pouco mais o conceito: em instância fundamental, liberdade é fruto da potencialidade de querer.
Exemplifica-se da seguinte maneira: a busca pelo prazer, ou de forma mais lírica, a busca pela felicidade é a expressão instintiva da vontade. Mas qual o parâmetro para definir o que gera maior prazer ou menor dor? A influência externa atua neste ponto, supostamente identificando - mas por vezes inventando - possíveis fontes de prazer e dor. Sutil, uma forma especialmente eficiente e dura de castração da liberdade.
Por fim, se, de forma objetiva, define-se livre como ausência de determinação lógica, e, portanto, com ampla abertura para o imponderável; somos demasiado previsíveis para a liberdade.

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